Para
engenheiro automobilístico o motorista tem que se atentar ao trânsito, caso
contrário nenhum método é seguro
Sensores de faróis e
do limpador do pára-brisas, airbag e a direção hidráulica são exemplos de
tecnologias disponíveis em veículos que já são mais do que essenciais para
segurança e conforto dos motoristas. Outros dispositivos como o alarme, a trava
elétrica e os sensores de portas e do uso do sinto de segurança, que há 20 anos
eram vistos como artigos de luxo, hoje são itens de prioridade. Visando trazer
mais segurança, conforto e estabilidade aos usuários, a cada ano, os
engenheiros desenvolvem automóveis mais modernos.
Com o crescimento do
trânsito, principalmente nas grandes metrópoles, o carro tornou-se espaço de
trabalho para muitos no caminho até a empresa, sendo o celular uma das
principais ferramentas. Como é proibido falar ao telefone enquanto se dirige,
um novo sistema com Bluetooth tem ajudado esses motoristas a não arriscar a
vida deles e de outros. O sistema integra o celular às caixas de som e à tela
central do carro, automaticamente. Basta entrar no veículo e você controla tudo
pelo volante. Atualmente, até carros que estacionam sozinho, com um simples
comando de voz, estão disponíveis no mercado.
Outra tecnologia,
imperceptível aos leigos, é a capacidade de resistência da “carcaça” do carro,
da parte de funilaria e acessórios externos, como o pára-choque. Os veículos
fabricados até a década de 90 eram pensados para resistir a qualquer colisão,
tanto que o pára-choque sustentava toda a batida e causava pequenos danos à
lataria. Porém, as estatísticas mostravam que nesses acidentes as pessoas que
estavam dentro do carro ou que eram atropeladas morriam em sua maioria.
De acordo com o
professor de engenharia automobilística da Faculdade de Engenharia Industrial
(FEI) de São Paulo, Ricardo Bock, essas novas tecnologias proporcionam conforto
e segurança, mas a opinião particular dele é que para que o trânsito seja
seguro, o motorista precisa estar focado na sua rota e em mais nada. “Eu mesmo
não tenho e-mail e nem celular, não sou adepto dessa tecnologia e nem aprovo
atividades paralelas, ou seja, fazer duas coisas ao mesmo tempo”, relatou.
Para o engenheiro, a
maior e melhor tecnologia desenvolvida para segurança dos motoristas e
passageiros em veículos foi o cinto de segurança. “Os engenheiros descobriram
que se o veículo em uma colisão se desmanchar e virar um ‘papel’, os
passageiros sentem menos o impacto e é mais fácil de sobreviverem. Quanto mais
destrói o carro melhor é”, informou Bock.
A famosa Kombi da
Volkswagem foi proibida de ser fabricada no ano passado por motivos de
segurança. Como existe a nova determinação em que todos os veículos devem sair
já de fábrica com airbag, e na composição da Kombi não há como integrar essa
tecnologia, a fábrica teve que parar de produzir o modelo.
Isso tudo porque
ainda não falamos do design que também tem apresentado tecnologias que deixam
os motoristas e passageiros com mais segurança. Apesar das marcas produzirem
motores cada vez mais potentes, os carros flexs – que aceitam combustível a
álcool e a gasolina –, e os elétricos, recarregáveis, já conquistaram vários
adeptos, até mesmo no mercado brasileiro.
Marcelo Corsini, de 20
anos, estudante do 2º período de Manutenção Automotiva no Senai avaliou algumas
tecnologias como fundamentais para o mercado de automóveis. “Dentre as inovações
que estão ao alcance da população e que possuo em meu carro, posso destacar o
sistema de freios ABS e o airbag como os principais no quesito segurança. Em
conforto, cito os vidros elétricos, sistema de ar condicionado e direção
hidráulica”, opinou.
Apesar disso, Corsini
confessou que se importa mais com a estética e com o desempenho do veículo do
que com a segurança. Porém, o estudante admitiu que hoje já se preocupa mais
com a manutenção das peças. “Para ser sincero, antes de entrar no curso eu não ligava
para isso, mas após quase um ano de curso estou mais atento. Verifico sempre a
situação dos pneus, dos componentes de suspensão e freios, bem como faço
regularmente a troca dos fluídos, o que é muito importante”, frisou.
Salão
do Automóvel
O Salão do Automóvel
realizado no final do mês passado, em São Paulo, trouxe muitas novidades e
tecnologias que só víamos em filmes. Que tal um triciclo sem guidão, controlado
pelo movimento do corpo e que não necessita das mãos do motorista? Tudo com a
ajuda de câmeras, sensores, radares e um sistema avançado de navegação via
satélite que ajuda a prevenir colisões com outros veículos.
Outra novidade são os
retrovisores de câmeras, uma de cada lado, as duas apontadas para trás e as
imagens aparecem em um painel no centro do automóvel. Esse carro com design
todo futurista tem lugar para cinco pessoas, só que de uma forma diferente. São
dois lugares atrás e três na frente: o motorista no meio e um passageiro de
cada lado.
Foi apresentado ainda
o carro híbrido que roda 920 quilômetros sem encher de novo o tanque nem
recarregar a bateria. Tudo isso custa e têm carros esportivos que chegam a
custar R$ 5 milhões.
Por Bruno Carraro
Essa reportagem é uma republicação do Jornal Blitz (texto
produzido e editado por Bruno Carraro)
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