sábado, 8 de novembro de 2014

Cuidar da beleza não é mais vaidade das mulheres

Para alguns pode parecer fútil, mas para eles é investimento em si e na própria profissão

O Brasil é o segundo maior mercado mundial de cosméticos. E isso não é consumido só pelas mulheres não. Os homens estão se tornando cada vez mais vaidosos. 
E quando os homens começam a se interessar tanto em manter o corpo em forma, cuidar dos cabelos, das sobrancelhas e até mesmo das mãos e dos pés são chamados de metrossexuais.

A palavra é formada com a junção de duas. Metropolitano (cidade, metrópole) e sexual, e que dá o significado ao homem urbano que se preocupa em cuidar da aparência. Um homem exemplo do gênero é o inglês David Beckham, jogador de futebol, casado e com filhos, é metrossexual assumido.

De acordo com a esteticista e pós-graduanda em massoterapia, Juliana Sedlak Ribeiro, o mercado para metrossexuais só aumenta.

Juliana começou a trabalhar na área há oito anos, quando abriu uma clínica de estética na região oeste de Londrina, com multiprofissionais que atuam em conjunto como podólogos, manicures, cabeleireiras e esteticistas ela reúne vários equipamentos modernos e que traz a segurança que muitos homens ainda têm receio de assumir.

“A princípio o cliente vem para ‘limpar’ sobrancelhas, que não é nem tirar eles querem apenas corrigir excessos sem deixar ela certinha”, conta a esteticista.
Antes de entrar no ramo Juliana era cliente e depois de trabalhar 11 anos como bancária,quando viu no setor da beleza o interesse dos homens e uma oportunidade de abrir o próprio negócio.

Segundo Juliana há clientes que são extremamente vaidosos que apesar de serem casados ou noivos não deixam de cuidar da beleza e inclusive alguns são incentivados pela esposas ou namoradas. “Mas há quem vem escondido”, revela a esteticista.

É o caso do empresário de 49 anos, casado com dois filhos. A esposa tem 49 anos também e trabalha no setor administrativo. O empresário é de Apucarana e vem a Londrina com freqüência visitar clientes e aproveita o tempo aqui para ir à clínica de estética da Juliana. 

Lá ele faz sobrancelhas, depila partes intimas e o restante do corpo, faz limpeza de pele, corta o cabelo com freqüência e faz as mãos. Além disso, ele é o típico metrossexual que gosta de andar na moda gasta com cremes hidratantes e cuida muito bem do corpo, com alimentação saudável e nada que o deixe com gorduras, para isso pratica exercícios físicos.

“A minha esposa não sabe que vou com freqüência a clínica de estética eu chego em casa e às vezes ela nem nota tudo o que foi feito em mim, se ela percebe que estou exagerando começa a pegar no meu pé, não gosta muito”, contou o empresário.

Ao ser questionado sobre a possibilidade da esposa pedir pra ele parar de ser tão vaidoso, ele responde que a convenceria que é importante pra ele.  “Eu faço isso tudo porque me faz sentir bem, meu trabalho não exige isso de mim, mas gosto, eu me sinto melhor”, ressaltou ele. O empresário gasta mensalmente R$ 1.200 para manter a aparência.

Excessos podem atrapalhar
Para o psicólogo Mauro Fernando Duarte, o extremo pode fazer mal ao homem que busca a aparência física ideal.

“Pode gerar gastos exorbitantes, pode gerar obsessão ao ponto da pessoa ficar doente ou depressiva quando não está 100% bem com a imagem dela”, lembra o psicólogo.


Para Mauro tudo isso pode ser uma fuga de algo que viveu no passado. “Para os excessos é preciso de um acompanhamento, até mesmo porque pode ser que outros se incomodem e acaba prejudicando quem está perto como a família e amigos”, explicou o psicólogo.

Por Bruno Carraro 

Essa reportagem é uma republicação do Jornal Blitz (texto produzido e editado por Bruno Carraro)

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