Jovens,
famílias inteiras e até crianças. Foi assim que em Londrina mais de 10 mil
pessoas tomaram as principais ruas e avenidas da cidade. Tudo começou nos
protestos e manifestações ocorridas em São Paulo, Rio de Janeiro e nas
principais capitais do país, algo que se alastrou também nas cidades do
interior de todo o Brasil e nas capitais do mundo onde há brasileiros sendo
representados.
Tudo
isso mostra que os brasileiros estão indignados com os gastos exorbitantes do
Governo Federal para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo e a falta de
investimentos nas áreas de saúde, educação, melhorias no transporte público com
redução na tarifa do transporte coletivo.
A
redução da tarifa foi apenas pretexto para que as passeatas inicialmente
pacíficas começassem, mas com a repressão da polícia as ações se tornaram
agressivas. Os próprios policiais queriam fazer parte dos protestos, mas
tiveram que defender o patrimônio público.
Partidos
e outras bandeiras de diversos movimentos foram levantadas, o que não foi
aprovado pela maioria dos grupos de todo o país. Desde o início da década de
90, quando o povo foi para as ruas pedir o impeachment de Fernando Collor de
Mello, não se viam tantas pessoas em revolta ao governo, ou seja, o foco na época
era destituir o líder da administração federal.
Hoje o foco não é
centralizado. São diversas nuances que levam o povo a protestar. O que não se
sabe ao certo são os resultados de todos os manifestos. Conquistas que estão
sendo “maquiadas” pelo governo com a redução do transporte coletivo em diversas
cidades, mas que na verdade será cortado de outros investimentos públicos. Os
empresários que lucram com a precariedade do transporte público vão continuar
enriquecendo as custas dos tributos da nação. Por Bruno Carraro