Essa palavra está com
o significado errado ou ainda não entenderam qual que é o sentido prático dela.
No dicionário Pibreram o significado de ressocialização é o ato ou efeito
socializar-se novamente. Centro de Detenção e Ressocialização – CDR, esse é o
nome que se dá aos pavilhões com celas que abrigam os detentos de nossas
cidades, estados e país, mas não quer dizer que o nome faz referência ao que
verdadeiramente é. Todo o estado, e posso me estender ao país, mantém os
detentos em situações precárias, superlotações não dão o mínimo de dignidade
dentro das penitenciárias.
A maioria dos
presidiários estão nessa situação por falta de oportunidades como educação,
cultura, estrutura familiar e posso ainda afirmar que por ausência e omissão do
governo, não só do atual governo, mas efetivamente das políticas públicas de
todo país que pouco funcionam e que está “engatinhando” ainda.
Se é Centro de
Ressocialização deve levar dignidade acima de tudo, para que no tempo em que
estiverem dentro dessas celas tenham esperança de um futuro melhor com uma
profissão e com portas abertas; oportunidades. Mas se há descaso, falta de
estrutura e de inserção social com cursos profissionalizantes, base e
estrutura, não vai haver nunca o envolvimento desse cidadão com a sociedade
novamente.
Esses detentos
precisam que alguém olhe para o passado deles e vejam alguém que não teve
oportunidades, olhem para o presente e mostrem um caminho para que possam
seguir um futuro cheio de oportunidades que não tiveram, se isso não acontecer
quando os mesmos saírem não vão abandonar o crime, muitos podem voltar para
suas casas com o objetivo de permanecerem íntegros, porém se não há
oportunidades voltam para o crime.
Dados
de 2010 apontam que o Brasil é o terceiro país com maior número de presos no
mundo, com 494.598 detentos, atrás apenas de Estados Unidos e China, além de
ser um dos com maior superpopulação nos presídios. O número de presos aumentou
37% nos últimos sete anos, o que representa 133.196 novos detentos (no período
de 2005 a 2010), segundo um estudo divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça
(CNJ). Do total de presos, 44% corresponde a prisões provisórias de réus que
esperam o julgamento na prisão, um volume "excessivo", segundo o
órgão.
Sem base e sem oportunidades não há portas
abertas, e todos esses detentos vão ter que arrombar portas e voltarem
efetivamente para o crime, isso para que possam sobreviver.Por Bruno Carraro